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Somos ritmo e samba, e fé

  • Eunice Maciel
  • março 30, 2025

(Um texto em versos, sem muito ritmo, mas muita fé)

O que faz desse povo brasileiro um autodidata na arte de sambar?

De onde vem esse jeito matreiro que a gente reconhece só de olhar? Terá sido a ginga adquirida na viagem daquele que, por mar, nos veio colonizar?

Ou será a herança do molejo do escravo que aqui veio sofrer e suar?

            Não se sabe a origem da folia, o que é certo é que ela aquece o coração

de um povo que transforma em alegria

a dor de um duro dia a dia,

e que transmuta o sofredor em folião.

            Ao sambar ele despe a realidade e veste a fantasia,

esquece a tristeza e cai na folia até o raiar do dia,

qualquer que seja sua condição: jovem, velho, criança, estudante, empresário, vendedor ou feirante.

Nessa hora ele não pensa em dinheiro, afinal, é fevereiro!

É carnaval! E ele é brasileiro.

            Finalmente, quando chega a quarta feira, e com ela a realidade na esteira,

está na hora de juntar o que sobrou da fantasia

que foi pisada e se rasgou,

de catar o confete e a serpentina

que ficou esparramada e acabou sendo varrida

sem deixar rastro na calçada.

Sim, a vida continua e, do carnaval, não resta nada.

            Junto com a lembrança do que foi vivido,

dos beijos dados, recebidos ou não havidos,

do que foi bom e do que foi doído,

fica a certeza de que valeu a pena

 tirar a realidade de cena

e ter vivido a fantasia

 de ser rei ou princesa por um dia, ou melhor, por todos os dias enquanto durou o carnaval.

            Outra certeza que deve ser guardada

 junto com a esperança, essa guerreira,

é que este ano será melhor do que aquele que passou,

e que se acabou na quarta feira.

E, quando nada mais nos resta, há a fé que não nos pode ser tirada,

de que ano que vem tudo recomeça: a farra, o samba, a festa, a noitada!

***

            Gosto de rima, de ritmo e de samba, gosto do batuque, da percussão e do carnaval. Sou brasileira, minha ancestralidade é uma mistura e não sei de onde vem minha fé ou meu dom, só sei que escrevo, acredito e danço, e já não me importa se bem ou se mal!

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